segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Advocacia é um negócio?


Autor: Gustavo Rocha

Só o título deste post já seria uma afronta ao código de ética da advocacia, já que a advocacia não pode e não deve ser mercantilista, algo que os negócios estão intimamente relacionados.


Será mesmo?


A advocacia está hoje para os negócios muito mais existente do que para qualquer atividade mercantilista. O fato de não poder ser mercantilista tem a ver com o princípio nobre da advocacia que é ser o instrumento pelo qual a sociedade busca a justiça. Ser advogado é um instrumento de paz social, de informação crítica, de conduta ilibada.


Sei que muitos não seguem estes preceitos, mas assim temos a nossa profissão como meta a ser alcançada.


Agora, como querer uma advocacia que traga paz social, informação e defesa dos direitos da sociedade, se a advocacia não se comunicar com a sociedade?


Isto mesmo, se comunicar com a sociedade!


É disto que a advocacia precisa: Ser mais atuante, mais direta, mais clara, objetiva e direcionada aos interesses sociais e economicos.


Querer que o advogado fique dentro do seu escritório sentado esperando o cliente chegar é um absurdo. Ninguém se comunica desta forma atualmente. Até mesmo as indicações que sempre foram os balizadores de clientes dos escritórios, hoje buscam outros pontos de apoio para existir, como eventos, palestras, redes sociais, sites, blogs, etc.


Antigamente apenas ser um bom advogado bastava e com o tempo seria reconhecido. Hoje, não basta apenas ser. Tem que aparentar ser.


A marca jurídica se constrói em cima de opiniões, sites, blogs, indicações do LinkedIn, quantas vezes foi curtido no Facebook, além de amigos e conhecidos que forjam tudo aquilo que aparenta ser. Se for tudo isto mesmo, se manterá. Se for um perfil fake, em breve cairá.


Então, como fazer para não cair no discurso que a advocacia não é um negócio? Simples: Vamos parar de tratar negócios como algo mercantilista.


Fazer negócios, estar próximos dos empresários, cidadãos e de bem que querem o desenvolvimento do país não é negociata ou mercantilismo.


Para um empresário, ter um advogado ao seu lado é sinal de confiança, conhecimento, paz, felicidade, enfim, satisfação pessoal. Quer dizer, ter uma pessoa pelo seu estudo, conhecimento, sabedoria ao seu lado é mercantilismo?


Óbvio que não!


A advocacia não faz negociatas ou mercantiliza o seu trabalho. A advocacia tem negócios próprios da sua profissão e principalmente em razão de estar próxima da sociedade deve ter o seu papel de informação e busca da paz social como premissa do seu dia a dia.


Temos que estar presentes nas redes sociais, mídias eletrônicas, ao lado de empresários e pessoas de bem para que o direito e justiça com paz social sejam uma realidade e não apenas palavras soltas ao vento.


A advocacia é um negócio? Sim, dentro do código de ética inclusive. Agora, quem vier com propaganda, negociatas e mercantilismo que procure a sua turma, que certamente não é a dos advogados.


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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Diretor da Consultoria GestaoAdvBr


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Perfil do Autor

Consultor nas áreas de gestao, tecnologia e qualidade.


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